Tragédia em Vinhedo: Co-piloto de Jandira está entre as 62 vítimas fatais em queda de avião da Voepass
Na última sexta-feira, 9 de agosto, a cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, foi palco de uma tragédia aérea que comoveu o país. Um avião da Voepass Linhas Aéreas, modelo PTB 2283, caiu no início da tarde, vitimando todas as 62 pessoas a bordo, incluindo 58 passageiros e quatro tripulantes. Entre as vítimas, o co-piloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos, morador de Jandira, um dos profissionais que perderam a vida neste trágico acidente.
Humberto Silva era um profissional experiente, com quase cinco anos de atuação na Voepass e mais de cinco mil horas de voo. Residente de Jandira, ele era conhecido por sua dedicação e paixão pela aviação. A notícia de sua morte foi confirmada pelo prefeito da cidade, Dr. Sato, que expressou profundo pesar e decretou luto oficial de três dias em homenagem ao co-piloto e às demais vítimas do acidente. Humberto deixa a esposa, Rosana Maria, e três filhos, Leonardo, Gabriel e Juliana. “Neste momento de profunda tristeza, ofereço minhas sinceras condolências à família, aos amigos e a todos os que foram impactados por essa tragédia. Que Deus conforte e dê força a todos”, finalizou o prefeito.
O avião havia partido de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, mas encontrou seu destino fatal na cidade de Vinhedo, por volta das 13h28. Segundo informações preliminares, os pilotos relataram a presença de gelo na altitude em que a aeronave operava, o que poderia ter causado um efeito de estol, levando à perda de sustentação e subsequente queda desgovernada. No entanto, as causas exatas do acidente ainda estão sob investigação.
O avião caiu em um condomínio no bairro Capela. Segundo Osmir Cruz, secretário de Segurança de Vinhedo, a aeronave caiu perto de uma casa, mas nenhuma pessoa ficou ferida em solo. O local do acidente fica próximo à rodovia Miguel Melhado (SP-324).
Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) já estão trabalhando no local para determinar as causas da queda. A comunidade de Jandira, unida na dor, aguarda respostas enquanto presta suas últimas homenagens a Humberto Silva, um homem que deixou um legado de profissionalismo e humanidade.
Atualização – Operação dos bombeiros na área de destroços do avião
O Corpo de Bombeiros de São Paulo está dedicado ao complexo trabalho de retirar os corpos e as ferragens do local onde caiu o ATR 72-500 da Voepess nesta sexta-feira, 9, matando 62 pessoas. Segundo Olívia Perrone, porta-voz da corporação, a parte mais prejudicada da aeronave era onde estavam os passageiros. Até agora, 31 dos 62 corpos já foram retirados do local. A identificação será feita no Instituto Médico-Legal Central, na capital paulista.
Foto: Polícia Federal/Divulgação
Apenas o piloto, Danilo Santos Romano, de 35 anos, e copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos, foram identificados por estarem na cabine, que ficou mais preservada.
Ramatuel Silvino, Tenente da Defesa Civil, afirma que corpos que estão no IML de São Paulo estão em melhores condições de identificação
“Infelizmente, no momento da queda do avião, a parte mais prejudicada foi a parte dos assentos dos passageiros até a cabine. A parte de trás do avião, que são aquelas asas traseiras, estão um pouco mais preservadas. Infelizmente, porque a gente sabe que é a parte que não possui passageiros”, afirmou Perrone.
A companhia aérea também divulgou o nome dos 57 passageiros que viajavam no avião. Eis a íntegra da lista de passageiros.
Créditos:
Foto Capa: Claudia Vitorino
